terça-feira, 26 de novembro de 2002

Vida bandida
atira certeira
no lado esquerdo do peito.

Pequei você!
Estou usando colete
a prova de balas!!


segunda-feira, 25 de novembro de 2002

O amor é cor de rosa

Azul.
Vermelho.
Ou será negro?


Eu gosto muito dessa coisa de cores. Certas cores são cheias de significados.
Vou dar uma explicação: O cor-de-rosa é a cor do amor, conhecida mesmo, qualquer um sabe disso. Azul porque é a cor da tranquilidade, quando se ama, tudo parece ser bom; aquela história de que azul também é simbolode felicidade e tal. O vermelhor porque é a cor da paixão, obviamente; o amor ardente, o amor desejo. E o negro porque... Bem... A minha visão da vida não é das mais felizes. O negro é porque o amor pode ser mal, depressivo e pode fazer as pessoas sofrerem.
O fantasma de tua presença
Ainda assombra meu coração.


Sem título. Um é só "pra dizer o que diz", sem grandes coisas. É simples. Gosto dele.

domingo, 24 de novembro de 2002

Eu quero ter pesadelos

Eu quero ter pesadelos
porque não suporto mais a realidade
Sonhos? Meus sonhos só tornam
mais sangrenta a verdade.
E quero ter pesadelos
porque, talvez, eles me mostrem
que minha vida poderia ser pior.
Quero pesadelos horríveis
e acordar apavorada porque assim
meu dia me parecerá mais agradável.
Quero morrer em meu pesadelo
para acordar aliviada por estar viva.
Quero ter pesadelos porque
medos irreais são superáveis.
Eu quero ter o pior pesadelo
para concluir que não sou tão infeliz assim.

sábado, 23 de novembro de 2002

Relações comerciais

Estava no Plaza Center's Shopping, quando vi a vitrine da D' Ais. Acho que até ouvi uns sinos, mas com certeza ele chamava por mim. Havia me enfeitiçado.
Fui correndo pra casa, talvez meu pai ainda não tivesse saído para o jogo de futebol. Cheguei em casa ofegante.
-Pai? Você está aí?
-Na cozinha.
-Pai, você não sabe!
-O quê?
-Eu estava no shopping, né? Estão, eu vi... Não! Vamos pra lá! Ou você não vai me entender!
-Filha, eu só tenho meia hora.
Quando chegamos na frente da loja, meu pai siquer olhou para aquele maravilhoso par de óculos escuros último modelo gatinha. Já foi logo se virando.
-Ei, pai!
-Eu já vi. Não era o que você queria?
-Espera!- Me coloquei na sua frente.-Podemos entrar para que eu possa ao menos experimentar?
-Ai, meu Deus! Já tô atrasado...
Quando coloquei aquele lindo acessório, me senti a Cláudia Raia! Nem que me pagassem eu ia deixar que outra pessoa o comprasse!
-Por favor! Eu juro que vou ser uma boa filha e... Eu sei que você está fazendo essa cara por causa daquela calça caríssima que eu comprei da ultima vez e que ela encolheu, mas.. Estes óculos só custam R$301,92!
-Melhor seria seu eu não tivesse cartão de crédito...
-Então???
-Acho que meu jogo já era.
-Vamos lá, paizão!
E foi assim que eu consegui convencer meu pai a comprar esse belíssimo objeto de adorno feminino. E então? Estão interessadas? Faço por...


Uma prosinha básica. A verdade é que tenho me dedicado mais à prosa nesse último semestre...
Mas esse é do ano passado. Eu tava com mania de fazer textos com fundos humorísticos. Dá pra ver o 'fundo humorísco', né? Já pensou se não dá? Que chato... Wherever... Eu vejo...
Meu último poema, o mais recente... Terminado ainda hoje, ainda agora... Depois de lê-lo umas 200x eu vou mudar algo, provavelmente... Talvez ele fique melhor...


Seu quarto, seu reino, seu sepulcro

No quarto vazio, privado de móveis,
em estado de dormência, repousa.
Seus olhos fixos, vivos, plastificados,
refletem a lâmpada que ilumina o ambiente.
Seu corpo permanece preso, pesado,
mas sua alma não está mais presente.
Um sorriso débil se esboça em sua face.

Encontra-se num recinto luxuoso,
na penumbra, um cheiro doce vaga no ar.
Seus cabelos compridos, soltos, na cama,
nua, sensual, satisfeita.
Ao seu lado, o amante descansa, sonha.
E as mãos dela afagam os cabelos dele,
e a mão dele pende, esquecida, no ventre dela.

Revira os olhos e, por um momento,
eles miram o quarto que lhe serve de prisão.
É a mesma paisagem, as mesmas cores,
apagadas, os mesmo cheiros, insossos.
Levanta, caminha a procura da saída.
Mas não há saídas pra ela, não há solução.
Encolhe-se, sente nas costas o frio da parede.

A luz do sol poente lhe ofusca os olhos.
O caminho retilínio, a estrada na planície.
E ela segue, rodeada de flores azuis
que parecem cantar pra ela.
A brisa sopra suave e leva o tecido leve do vestido
Seus olhos brilham ao avistar tão perto o objetivo
Suas mãos se estendem, seus dedos prestes a tocá-lo.

Abre-se a porta pesada e entram
dois homens, de branco, fortes,
que a conduzem para fora, segurando-a
firmemente pelos braços, enquanto ela,
ingênua, conta-lhes sobre sua noite de amor.
Sem ouvir uma palavra, injetam-lhe pela veia
o líquido e a trazem, já calada, de volta ao quarto.

Anda, rápida, temerosa, naquela paisagem
escura, que lhe permite distinguir túmulos,
descuidados, com ervas daninhas a toda parte.
Inúmeros olhos abrem-se e fecham, curiosos, a observá-la.
De repente, se depara com suas bonecas, as favoritas...
Mas seus rostos estão pixados, seus olhos perfurados por agulhas
E seus cabelos em chamas, a derreter.
Apavorada, sobem lágrimas aos seus olhos
e lembra-se da morte de sua mãe, seu pai,
seus irmãos, sua avó, naquele incêndio!

E seus gritos ecoam, batendo nas paredes geladas
fazendo-a ouvir a própria voz trêmula e desesperada.
E, estirada no chão, em seu momento de lucidez,
avista na pequena janela gradeada, as nuvens cinzentas.
Mas sua mente bate asas novamente para a ilusão.
E ela, na insanidade confortável que lhe permite
se esconder da realidade triste e dolorosa da qual pertence,
retorna à sua felicidade.



Ainda não sei como fazer com as estrofes... Inicialmente os versos deveriam ser de 7 em 7, mas uma estrofe tem 10....
Não sei como é a impressão de quem lê... Eu tenho uma entonação pra dar um ar de suspense e tal, mas isso só se eu for ler pra alguém. Não sei direito se está dando a impressão que eu quero...

sexta-feira, 22 de novembro de 2002

Então um de 21 de junho do ano passado(2001). Quando eu tava meio que numa fossa. Dá pra perceber no texto, claramente... Obvio... Eu realmente acho que é um poema meio ruim, escrito a caneta e sem retoques...Puro, cru.... Sem título, como a maioria dos meus poemas. Ei-lo:


Depois do beijo,
o esquecimento.
Depois da esperança,
a desilusão.
Depois do beijo,
o esquecimento.
Depois da entrega,
o arrependimento.
Depois do sonho de amor,
a verdade.
Depois do beijo,
o esquecimento.
Depois da companhia,
a solidão.
Depois do beijo,
o esquecimento.
Depois do beijo,
as lágrimas.
Depois das lágrimas,
o esquecimento.
Todos os textos que são escritos tem uma história veridica por trás.
E isso não é diferente comigo.
Esse blog é a minha lata de lixo. Tudo que eu escrevo e, na visão dos entendidos, deveria ser jogado fora.
Quem liga? Se eu escrevo,é pra mim e é por mim que continuarei.