quarta-feira, 25 de fevereiro de 2004

Apoteose
Depois de todo brilho
A maquiagem borrada
E o cabelo despenteado

Os pés doem dentro
Das tiras da sandália 13
Fatigados da dança contagiante

O suor corre levando consigo
A fantasia, trazendo de volta ao rosto
O descolorido da realidade.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2004

Conto de fadas - O epitáfio

(...)

Lá, a escola não ensina
Sobre as batalhas de salamina
Todos os professores são como o Celso
E a gente pode jogar tomates
Nos Hiltons, nos Peixes e nos Reginaldos.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2004

Conto de fadas revisited - A versão romantica

Era uma vez eu e você.
E era uma vez um mundo
Em que você era você mesmo
E eu era eu mesma.
E nossos amigos e nossas familias
Eram os mesmos.

Era uma vez um mundo,
Onde os jardins eram floridos
As pessoas eram bonitas
E chocolate não engordava.

Nesse mundo, você me ama
E eu te amo, como neste mundo.
Mas lá, nunca vão impedir nosso amor
Nunca nos separaremos
E morreremos juntos
Pra não termos de suportar a perda.

Nesse lugar, cada um tem seu par
Não há motivo pra traição
A gravidez não é acidental
Não existem doenças venereas

A felicidade é um bem comum
Já inventaram vacina pra guerra
Ninguém acredita em clones
Ou seres humanos usados de cobaia.

Era uma vez um mundo,
Onde a ONU funciona
E os EUA não se importam com petróleo
E não matam crianças iraquianas.

E lá, gripe do frango,
Pneumonia asiática,
Ebola e antraz
São personagens de ficção cientifica.

Era uma vez um mundo
Regido pelo amor
Cantado pelos apaixonados
Revisto pelas crianças
Harmonioso como nós.




Humm... Pra não perder o costume...
Já que tá na moda...


Conto de fadas

Era uma vez eu e você
E era uma vez um mundo
Em que você era você mesmo
E eu era eu mesma
E nossos amigos e nossas familias
Eram os mesmos.

Lá, minha casa é igual
E a sua também.
Mas ninguém perde a casa na enchente
Nem tem motivos pra protestar
Ante os políticos.

Era uma vez um lugar
Onde os problemas são complexos
Para que não haja ocio da mente.
Onde as lágrimas existem
Para que não haja ressecamento do coração.

Nesse mundo, não há razão dos sem-terra
Dos sem-teto, dos desempregados.
Lá todas as casas são de alvenaria
E tem queijo pra por no pão.
Eu odeio essas letras chatérrimas.
Samba Em Prel?dio


Eu sem voc?
N?o tenho porque
Porque sem voc?
N?o sei nem chorar
Sou chama sem luz
Jardim sem luar
Luar sem amor
Amor sem se dar
Eu sem voc?
Sou s? desamor
Um barco sem mar
Um campo sem flor
Tristeza que vai
Tristeza que vem
Sem voc? meu amor
Eu n?o sou ningu?m.

Ai, que saudade
Que vontade de ver renascer
Nossa vida
Volta, querida
Os meus bra?os precisam dos seus
Seus abra?os precisam dos meus
Estou t?o sozinho
Tenhos os olhos cansados de olhar
Para o al?m
Vem ver a vida
Sem voc? meu amor
Eu n?o sou ningu?m

domingo, 15 de fevereiro de 2004

Diagnóstico

Lamento informar-lhes
Mas,
O Amor não existe.
Eu fiz esse poema no dia 22 de janeiro, mas quando, no dia do Picasso, o Valter disse que ia por um tenis verde mas desistiu por minha causa, eu lembrei dele. Então, Valter, esse poema é pra você ver que eu num tenho nada contra tenis verde.


Emancipação

Querido, você foi feito pra mim
Mas deixa o vento desarrumar seu cabelo
Me deixa tirar esses óculos
Que a vida é muito melhor
Quando se tem uma visão distorcida
Usa aquela calça rasgada
E aquele tênis verde
Não apaga o que ficou pra trás
Me abraça com força
Vamos ver o mar,
Não se preocupe com a areia.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2004

Animago

Você só pode ser animago
Talvez uma borboleta que pousou no meu nariz
Talzez um cachorrinho que me encantou
Talvez um gato vadio que me levou pra sua cama
Talvez uma hiena que ri da minha desgraça
Talvez uma barata morta, esmagada sob meu sapato.



Se você não sabe o que é animago, vá se f*der... Meus poemas são pra pessoas que possuem cultura, hahahaha...
Tô brincando. Mas não vou explicar.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2004

Um poeminha pro Emerson, já que o Luis me encheu tanto o saco ontem...

Friendship

Quando eu conheci o Emerson,
Ele me deu uma bola vermelha.
No começo, achei que fosse um coração
Mas depois percebi que era
Um nariz de palhaço.
Transfiguração

Depois que se descobre a frustração
O tédio passa a ser cócegas.
(Re-sentindo)

Estrela do azar

Eu sou a estrela do azar
Em meus olhos cintila a desilusão
Meus lábios só conhecem beijos com sabor de despedida
Meu céu é cinza pálido
Meus campos floridos de crisantemos murchos
Reino a solidão
Ouço a música dos chorosos
Minha pele não tem tato
Meu sorriso não existe

Eu sou a estrela do azar
Por onde passo há dor
Por onde ando há morte
Durmo em camas de vidro estilhaçado
Mato a sede com soda caustica
Banho-me em sague
Brinco com vidas humanas
Não conheço a felicidade
Reino a solidão.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2004

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domingo, 1 de fevereiro de 2004

Dogma

Eu posso acreditar que as estrelas
Revelam meu destino
Talvez você me convença que a minha aura,
Se é que eu tenho uma, é cor-de-rosa
Que duendes roxos e fadas amarelas
Moram debaixo da minha cama
Que acender incenso de flores
Acalma a alma
Seguiria fielmente os conselhos
Dos astrólogos aos librianos
E as linhas das minhas mãos
diriam que eu teria 3 filhos
Não passaria sob escada,
Não deixaria o chinelo virado.
Mas, por favor, não me peça pra acreditar
No Amor.