quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Faltam dois meses e poucos dias pra minha vida dar uma nova reviravolta.
Dessa vez eu tenho menos medo. Como há quatro anos, quando o futuro era uma incognita e as previsões quase impossíveis. A única certeza era de que as pessoas se distanciariam.
E tudo é semelhante.
Por ja ter vivido uma situação como essa, minha coragem está dobrada.
Não nego que foi dicifil, mas reconheço as vezes precisar me esforçar pra lembrar quais foram os meus sofrimentos. E hoje parece que nem doeram tanto quanto eu sei que doeram.
Mas eu sobrevivi.
E vou sobreviver com maior facilidade dessa vez.
O mais irritante é essa contagem regressiva. É o meio termo entre o aqui e o lá que está trancando as minhas possibilidades até 31 de dezembro de 2007.
Tem tantas coisas a serem feitas, tantos planos esperando pra ser colocados em prática...
Não suporto mais a espera. Quando me concentro no presente, no tal 'aproveitar os ultimos momentos', bate um marasmo... Entretanto, quando a ansiedade toma conta de mim, eu só penso em ir embora, em tocar tudo pra frente, em me lançar num mundo totalmente desconhecido, em dizer 'beijobeijomeliga' pras pessoas e sair em busca de novas.
Quando se tem um prazo, fica mais facil de suportar os defeitos de quem convive com você, mas a cada episodio torna-se mais gritante o mantra 'quero que tudo isso acabe logo'.
É uma grande contradição. Vão dizer 'sentirá saudade'. Vou mesmo? Eu não sinto saudade de antes e, sinceramente, acho que serão poucos os pontos de saudosismo. Existe sim um sentimento nostalgico. Pra mim reina o 'foi bom enquanto durou' porque as peças simplesmente não se encaixam mais.